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julho 10, 2010

O tédio e os livros.

Esse texto que eu criei foi criado uns 5 meses atrás. Sim, ele é real.



é, é, essa sou eu :D

Entediada.
Acho que essa é a palavra certa para descrever o sentimento vazio que anda me preenchendo nesses últimos tempos. Como se cada dia não fosse o bastante. Insuficiente. Como se cada dia não acabasse, e cada ano que passa fosse somente um dia de tédio infinito. Como se as horas não passassem. Talvez não seja somente tédio. E nem sempre foi assim.
Começou, não tem muito tempo. E sim, temos culpados. Os livros! Sim, eles mesmos. Não que cada um dos poucos livros que já li não tenham sido interessantes, muito ao contrário. Eles são meus melhores passatempos. O problema neles é que a vida do lado de fora dos livros perdeu a graça. Pois nem de longe, minha vida é tão interessante e mágica. Nunca terei a magia de Alice no país das maravilhas ou as aventuras de Harry Potter. Nem mesmo a vida dura e cruel de Liesel Meminger, em “A menina que roubava livros”.
Mas talvez, por certo lado, seja bom, não ter tantas aventuras e emoções. Pode ser que eu não agüentasse tanta coisa. De qualquer forma, minha vida está assim, sem graça.
E esse tédio me causa um vazio, e esse vazio me entristece. E no meio das letras que formam palavras, sejam elas lidas ou escritas, tento me desfazer desse vazio que corrói o meu ser. Os livros, com toda a certeza, são os melhores passatempos. Mas e quando chega o fim?
Esse vazio que em mim está hospedado, me causa tristeza. Tanta que me vem lágrimas aos olhos, de maneira incontrolável e inevitável.
Houve um dia que via graça em tudo. Tudo era interessante, era engraçado ou me distraía. Hoje, por mais que eu tente tornar a vida de tal maneira – antes de conhecer os livros a fundo – não consigo. As vezes acho que os livros não sejam os únicos culpados. Os acontecimentos desse período podem ter contribuído bastante. Ou talvez seja só fase.
E fico irritada também. Irritada comigo, irritada com o mundo e seus pensamentos. Dizem que a vida é uma alucinada aventura da qual jamais sairemos vivos. Então é só isso? Nasceu, viveu, morreu, acabou? Para começo de conversa minha vida, até o momento não é uma alucinada aventura, e quem me dera fosse. Se for só isso, passo todo esse tédio e tristeza em vão? Prefiro pensar que a vida não acaba depois que o corpo morre. E espero loucamente que tudo se torne mais interessante, depois que fazerem meu atestado de óbito.
Até tenho um pouco de saudades dos tempos em que nada escrevia e pouco lia. Mas por outro lado eu amo esse meio de distração. Sou apaixonada pelos livros e pelas palavras. Melhor que sejam os livros. Poderia ter sido pior.
Não me leve a mal. Tento encontrar nas palavras um bom motivo, uma boa razão para o início de tantas lágrimas desnecessárias e sem motivo. E da dor. Da dor invisível desse vazio que me machuca, cada dia mais.




Horrana Porfírio.

Super beijinhos,
Hoho'n

3 comentários:

  1. criado e lido por mim \õ
    Hoho'n o tédio acaba com agt
    até nas férias =/
    te amooo muito minha escritora favorita .. s2'

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  2. quer dizer, criado por ela lido por mim \õ

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  3. Hoho'n não fique assim, não vale a pena viu!
    Discordo desse termo "alucinada aventura", isso só serve pra nos criar expectativas e se frustrar em seguida. A vida é boa sim e é linda, mas é linda nas coisas simples!
    Não acho que sou menos feliz que um milionário ou do que aquelas que pegam todos os garotos! A minha vida é feliz pra mim e feliz nas possibilidades que tenho... Hoje depois de tantas crises e nessa busca inscontante de saber quem sou, creio que a nossa filosofia de vida deva ser "Se a vida te der limões, faça uma limonada" ou seja, simplesmente viva, sem pensar muito no que isso significa, porque o que torna a vida chata nem são tristezas e vazios, mas a cobrança e ilusão de que tudo tem que ser perfeito!


    Beijocas e forçaaa!

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