Tempestade

Fazia muito tempo que eu não escrevia, finalmente consegui escrever razoavelmente alguma coisa. Se não gostarem do texto, entenderei. Mudei o layout porque não gostava tanto do cinza. Mas alguma coisa nesse me incomoda. Estou ficando chata. Agora pode ler o texto.

Resolvi que será diferente.

Seguirei para uma nova fase. Uma que não abriga lamentações ou preocupações quando estou com a cabeça no travesseiro antes de dormir. Uma fase que não permite não ver a hora chegar para chorar debaixo da água do chuveiro.

Cansei de desistir de mim.

Vou subir na torre mais alta e gritar bem alto, pedir para os quatro ventos me ensinarem a voar no céu feito de passado e estrelas.

E voarei.

Subirei até o espaço infinito aos olhos e roubarei a estrela mais brilhante dentre o breu, para iluminar-me. Duplicarei tudo o que sou feita, e depois mergulharei de volta.

Mergulharei no mar.

Transformarei tudo em água, em oceano. Farei com que o mar corra pelas ruas iluminadas, pelos becos sem saída, pelos rios doces. Cobrirei a noite com raios de felicidade e gotas de chuva. Transformarei-me em uma noite de tempestade, que me lava a alma, me purifica. Uma louca tempestade que me leve para longe, para o fundo do mar, para ver o universo que nunca conheci. E a cada vento que me ensinou voar, darei o poder de se tornar um furacão. E ninguém ousará me impedir.

Porque me tornei mais forte.

E porque eu sou a tempestade. Uma tempestade de raios no mar em meio da escuridão.

E quando o dia nascer, estarei livre e calma, depois de tanta euforia e revolução. Voarei em direção ao sol, para o meu presente e futuro. Para o eterno.

E adormecerei numa nuvem, até a noite chegar.